
Mentalidade Investidora - Módulo 3
por Bie — 25 de agosto de 2025MENTALIDADE EMPREENDEDORA - Módulo 3
Gestão da Carteira
Investir não é criar planilhas e colocar percentuais em segmentos.
INVESTIR É FAZER BONS NEGÓCIOS.
Controle vem depois disso.
Fontes para Fazer Bons Negócios
→ Ler relatórios gerenciais.
→ Falar com o responsável pelo RI (Relação com Investidores).
→ Analisar balanços e relatórios gerenciais.
→ Ler notícias e livros do setor a ser investido.
O que não falta em nossa geração é conhecimento.
Capacitar-se é o básico.
Como diria o grande publicitário Alex Perissinoto:
"Mais vale o que você aprende do que o que te ensinam."
Objetivos Claros
→ Para onde quero ir (Ter minha liberdade financeira).
→ Como chegar lá (Definir minhas estratégias).
→ Controlar a jornada (Ser tático para minimizar riscos).
→ Medir resultados (Ter métricas claras de prosperidade).
Por isso, humildade intelectual é importante.
"Só sei que nada sei" já dizia Sócrates, filósofo grego.
The Dunning Kruger Effect
Observe a imagem abaixo sobre o Dunning Kruger Effect.

Definição: quanto mais a gente estuda, mais tem a aprender.
Controle Emocional
Além do estudo, ao longo do tempo, as emoções contam muito.
Ter controle emocional é o que fará você tomar boas decisões de investimentos.
Veja a relação entre EMOÇÕES e os tipos de RENDAS.
É preciso rotina, consistência e autocontrole. Entender isso já é 50% do caminho andado.

Princípios de uma Carteira
Dando um Passo Atrás
Antes de montar sua carteira de investimentos pense:
→ Tenho dívidas?
→ Se ficar sem trabalho tenho como me virar sozinho?
Caso tenha respondido SIM a alguma dessas perguntas, desculpe, mas não tem como você dizer LIVRE SOU.
Reservas
Primeiro, pague as dívidas.
→ Juros compostos de dívidas são uma âncora e te afundam.
→ Muitas vezes são maiores do que os juros de investimentos.
Segundo, crie reservas.
Tipos de reservas:
→ Emergência
→ Oportunidade
→ Valor
Reservas são importantes para não precisar sacar grana da carteira.
Não se deve interromper a ação dos juros compostos.
Existe até uma frase atribuída a Albert Einstein:
"Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Quem entende ganha. Quem não entende,
paga".
→ Parcela de financiamento? Juro composto contra você.
→ Investimento de longo prazo? Juro composto a favor de você.
Liquidez
Significa em quanto tempo converto um ativo em dinheiro.
Quanto mais rápido isso ocorre, MAIOR É A LIQUIDEZ.
Aportes
→ Fórmula ERRADA: RECEITA - DESPESA = APORTE
→ Fórmula CORRETA: RECEITA - APORTE = DESPESA
Sugestão:
→ Separar 10% da renda ativa.
→ Reinvestir os dividendos TODO MÊS.
→ Ser consistente = NÃO FALHAR.
→ Criar efeito BOLA DE NEVE.
#ficaadica
- Melhor AUMENTAR APORTE do que buscar rendimentos exorbitantes com riscos grandes.
- GANHE MAIS e GASTE MENOS para APORTAR MAIS. Simples assim!
- Enquanto vai montando sua carteira olhe para seus ativos.
- São investimentos ou são especulações?
Investimento x Especulação
Investimento é o que a gente sabe que está fazendo.
Todo o resto é especulação. É cassino!
Diversificação
→ Todos os ovos em uma única cesta?
→ All in em um único ativo?
→ Patrimônio só em reais?
Isso é RISCO DA RUÍNA!
Diversifique entre classes de ativos, setores da economia, moedas e países.
Além disso, use instituições diferentes.
Descorrelação
Ativos diferentes podem se comportar de forma oposta.
Ganhos em um compensam perdas em outro, reduzindo volatilidade.
QUANTO MAIS DESCORRELACIONADOS:
+ RETORNO
- RENTABILIDADE
- RISCO
Vale a pena reforçar:
Além de diversificar o portfólio da carteira, ativos descorrelacionados protegem contra os altos e baixos do mercado, porque seu desempenho não segue o mesmo padrão ou direção. Um cai e o outro pode subir ou se manter.
DIVERSIFICAR + DESCORRELACIONAR ≠ PULVERIZAR

Cuidado para sua carteira não virar um amontoado de ativos.
Ou uma pilha de investimentos "mais do mesmo".
PULVERIZAR é "atirar para todo lado".
É não saber o que está fazendo.
A diversificação e descorrelação sempre serão úteis para proteger sua carteira de riscos sistêmicos e não sistêmicos.
Riscos
Risco Não Sistêmico
Está ligado a uma empresa, setor ou ativo específico (ex.: greve em uma fábrica, recall de um produto,
má gestão de uma companhia).
Esse risco pode ser reduzido ou quase eliminado pela diversificação (comprar vários ativos
diferentes).
Como é específico, em alguns casos ele pode ser mais previsível (ex.: empresa com alto endividamento →
maior risco de falência).
Risco Sistêmico
Ligado ao mercado como um todo: crises globais, guerras, pandemias.
Não pode ser eliminado, apenas monitorado (indicadores macroeconômicos, análise de ciclos,
cenários).
Não é previsível.
Exemplo: Sabemos que juros muito altos podem aumentar chance de recessão → isso é um “sinal de risco
sistêmico”.
Crises Históricas
- 1720 - Bolha dos Mares do Sul (Inglaterra) - Especulação em ações. Colapso do sistema de John Law.
- 1792 - Pânico de 1792 (EUA) - Primeiras quebras em Wall Street.
- 1837 - Pânico de 1837 (EUA) - Colapso bancário e queda imobiliária.
- 1857 - Pânico global (global) - Crise bancária ligada a comércio internacional.
- 1873 - Longa Depressão (EUA/Europa) - Quebra de bancos e construtoras ferroviárias.
- 1890 - Crise Baring (Reino Unido/Argentina) - Calote argentino afeta Londres.
- 1929 - Grande Depressão (EUA/global) - Crash da Bolsa de NY.
- 1973 - Crise do Petróleo (global) - Choque nos preços do petróleo.
- 1982 - Crise da Dívida Latino-Americana - Inadimplência de países da região.
- 1987 - Black Monday (EUA/global) - Queda recorde da Bolsa em um único dia.
- 1994 - Efeito Tequila (México) - Colapso do peso mexicano.
- 1997 - Crise Asiática - Fuga de capitais do Sudeste Asiático.
- 1998 - Crise da Rússia - Calote da dívida russa e impacto em mercados.
- 2000 - Bolha da Internet (EUA) - Estouro da bolha das “ponto com”.
- 2008 - Crise do Subprime (global) - Colapso do mercado imobiliário e bancário.
- 2010-2012 - Crise da Dívida Europeia - Grécia, Portugal, Espanha em risco.
- 2020 - Crise da Pandemia (global) - Paralisação econômica por COVID-19.
- 2022 - Crise Energética e Inflacionária - Guerra na Ucrânia + inflação global.
Conclusão
Agora que você já domina os conceitos básicos de carteira, nos próximos módulos vamos aprofundar
em tipos de ativos e suas classes.
LIBERDADE FINANCEIRA. Um passo de cada vez.
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